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O sonho, 1993
óleo sobre eucatex, 100 x 80 cm.
detalhe


Cidade das árvores
Homenagem a Paul Klee
, 2004
acrílico sobre tela, 100 x 120 cm.


O idílio - Itagimirim, 2004
acrílica sobre tela, 100 x 120 cm.


Os namorados de São Félix, 2002
técnica mista sobre papel, 42 x 60 cm.


Noite estrelada de São Félix, 1985
técnica mista, 80 x 70 cm.


Cidade dos sonhos
Belmonte
, 2005
acrílica sobre tela, 140 x 110 cm
.


Porto de Santa Cruz, 2004
acrílica sobre tela, 85 x 100 cm.


O casamento
na Vila dos Pescadores
, 2005
acrílica sobre tela, 70 x 90 cm.


Paisagem onírica
Noite estrelada de São Félix
, 1984
técnica mista, 37 x 50 cm.


Cais - Porto cubista, 2003
técnica mista sobre papel, 19 x 23 cm.


Insólita espera, 1970
óleo sobre madeira, 75 x 55 cm.


Manguti
Arraial d'Ajuda
, 2004
acrílica sobre tela, 100 x 120 cm.


O Beco
Porto Seguro
, 2004
acrílica sobre tela, 100 x 120 cm.


O sonho em verde e amarelo
Itabebi
, 2004
acrílica sobre tela, 100 x 120 cm.


Pousada da Sereia
Arraial d'Ajuda
, 2004
acrílica sobre tela, 100 x 120 cm.

 


CRÍTICA

Realismo Mágico
Walmir Ayala
(exceto)

......A arte de Heraldo Pedreira, é sem dúvida,uma das mais belas formas de composição e cores da Arte Contemporânea Brasileira.
......No início, ao conhecer pela primeira vez sua obra, me passou a impressão de estranhamento, um impacto tão grande, com seu colorido forte e de uma audácia de usar cores absolutamente contrárias que nos causa um impacto visual sem igual.
......Outra coisa que nos causa um choque emocional é a sua abordagem figurativa que não se parece com nada que eu conheça... Não há nenhum artista na arte contemporânea do Brasil, que tenha uma temática tão original e emocionante. A sua arte rica em simbolismos, transformam coisas prosaicas como casarios, velhos sentados em praças imaginárias, bicicletas, pássaros, etc. Ele nos revela como um Fellini o lado mágico dessas cenas realizadas com uma maestria incrível. E onde consegue achar aquelas cores? Parece-me um Van Gogh brasileiro.... A história se repete como farsa, pois ele também é ignorado por alguns críticos desavisados, como foi também menosprezado o genial pintor holandês. O novo sempre causa inicialmente um desconforto, um estranhamento que não é aceito pelos mais acomodados...
......Se eu fosse classificar a arte de Heraldo Pedreira, creio que a incluiria no realismo mágico. Uma arte surreal, absurdamente colorida, brasileira e totalmente original.
......Sinto-me feliz de estar trazendo à público este maravilhoso artista....

Apresentação na Galeria Astréa, 1974, São Paulo.


"...vamos olhar bem estas cidades envoltas em suave entardecer ou noite estrelada, onde misteriosos personagens e objetos estão petrificados em um imenso vitral... Há uma beleza misteriosa que nos penetra, pouco a pouco em surdina... um mestre das cores...”

Paschoal Carlos Magno
(teatrólogo, escritor e embaixador cultural do Brasil) 1976


“...Heraldo filtra cenas da vida urbana nas pequenas cidades do interior brasileiro,usando uma técnica refinadíssima à luz de uma figuração fantástica... um grande mestre que utiliza texturas densas de cores contrastantes, à maneira de Van Gogh,que se inspirava na vida do povo humilde de sua terra... paisagista exímio e de figuração inovadora e cinematográfica,ele usa um simbolismo intencional que nos toca os sentimentos mais profundos onde habitam nossos sonhos...”

Pietro Maria Bardi
Livro Arte Brasileira - Editora Colorama – 1986)


“...a paisagem de sonho usada por este artista equivale e certo sentido ao grande sentimento da alma brasileira... o Brasil é colorido por estar situado nos trópicos, é imaginativo e criativo e sonhador como a arte de Heraldo... sua grande arte é uma homenagem ao povo do Brasil...”

Clarival do Prado
Valadares (crítico de arte) Galeria Astréa
São Paulo no 20 de maio de 1970


"...Mágico surreal, incrivelmente técnico, colorista fantástico e um admirável desenhista...
......Tudo isto é Heraldo Pedreira que realiza uma obra quase desconhecida do nosso público, por ser avesso à badalação e autopromoção...
......Acho que ainda levará algum tempo para ser reconhecido, mas fatalmente o será...
......Tenho o prazer de apresentá-lo nesta sua individual no Museu Nacional de Belas Artes.
......Eu fui apresentado a sua arte maravilhosa pelo grande colecionador Aldo Franco, um homem extremamente refinado e culto que é seu profundo admirador..."

Paschoal Carlos Magno
Apresentação no Museu Nacional de Belas Artes, 1976, Rio de Janeiro.


A figura feminina como tema

"...De onde vem estas mulheres?
......Quem são elas?
......Por que nos olham? Porque são tão belas e fascinantes?... Estas são algumas perguntas que nos assaltam ao contemplar estas figuras de mulheres intrigantes e misteriosas..."
"...Mulheres da noite, prostitutas, atrizes pornô, odaliscas? São os eternos enigmas que surgem em nosso pensamento. A mim me parecem Mona Lisas do nosso tempo, com luvas e meias, muito misteriosas, ora doces, ora felinas a nos mirar com olhos verdes, lilases,azuis e até amarelos...
......São mulheres matissianas em sua essência, são verdadeiros sonhos em formas femininas..."

Clarival do Prado Valadares
Instituto Cultural Brasil – Estados Unidos, 1970 Rio de Janeiro.


"...Muitos diriam que Heraldo Pedreira é um artista fouve por causa das suas cores, mas acontece que a sua arte é mais que isso... É uma grande união de forma, conteúdo e cor, e por isso mesmo muito mais complexa e sofisticada do que parece...
......A 1ª vista nos parece simples, colorida, que nos toca incrivelmente pelos sentidos.
......Mas como é que esse artista consegue harmonizar cores absolutamente contrárias?
......E no entanto nos parece estar profundamente integradas, nas suas cenas urbanas que tem algo de cinematográfico e com perspectiva aérea, como se tudo no quadro flutuasse numa atmosfera hiper-realista. Ele simplesmente faz e refaz as formas e as cores exaustivamente até estar satisfeito plenamente do resultado final do quadro...
......Tudo que consigo ver na sua obra, é a expressão máxima de um espírito mestre, seguro dos seus meios, e com técnica impecável que consegue nos mostrar de forma compreensível e simples coisas tão complexas e sofisticadas..."

Pietro Maria Bardi
Extraído do Livro Acervo IV
Editado por Bozano, Simonsen 1985
 


Apresentação da 1ª exposição individual na Gal. Macunaíma
Abelardo Zaluar, 1968

"...Acho que é muito fácil falar sobre a arte verdadeira, que nos emociona, que nos mostra de maneira tão simples, a fantasia, o sonho, a transformação, a alma que todos nós seres humanos, tentamos adormecer dentro de nós mesmos... E este artista tão jovem ainda, nesta sua 1ª individual, nos mostra de forma clara e tão madura, um estilo ímpar, só dele, que não se confunde com nenhum outro....De uma ousadia absoluta nas cores intensas, contrastantes, belas e ofuscantes, que nos traz à memória, um Matisse, um Van Gogh dos trópicos. ...Creio infelizmente que seu talento será reconhecido tardiamente, pois todos os grandes criadores que mudaram a história da arte, foram boicotados pelos medíocres e por uma sociedade despreparada para julgá-los... Eles, nos trazem o futuro, e somos incapazes de perceber.... Heraldo veio para ficar, como um grande criador das formas, simples, porém sofisticado como um Klee, aquele artista que não precisa ser muito explicado pois é tão visual o seu talento que nos invade por completo, e nos inunda com aquelas cores sensuais e intensas! Apresentar esse artista, foi muito fácil, não preciso de muitas teorias herméticas para o público entender sua arte... Ele foi meu aluno, mas creio que nunca precisei ensinar-lhe nada, apenas conversamos sobre arte, e como eu disse uma vez "você nasceu artista nós não temos nada a ensinar-lhe" e eu é que estou encantado por ser lembrado no futuro de ter sido seu professor aqui na Belas Artes... De vez em quando, aparecem no mundo, seres excepcionais, como Chaplin, Picasso, Michelangelo, Portinari, Einstein, Rodin, Monet, Pelé, Pollock, Visconti, Fellini, etc... Na minha opinião, esse artista, no futuro, será olhado como um desses seres que aparecem de vez quando, tão simples e ao mesmo tempo tão claro, que não conseguimos vê-los de imediato."....


40 anos de pintura
Ricardo Kimaid
- Curador da exposição
Rio de Janeiro, 20 de junho de 2008.

”...ao completar quarenta anos de atividades artísticas, somente agora Heraldo Pedreira é contemplado com a oportunidade de divulgar, por meio de um livro patrocinado pela Companhia Veracel de Papel e Celulose (Aracruz–Stora/Venger), uma parte de sua imensa obra, em pintura, desenho, e agora também na gravura.
......Possuidor das mais expressivas premiações, no tempo dos tradicionais salões de artes, e o reconhecimento do seu grande talento pelos mesmos críticos que elegeram os mais importantes artistas plásticos brasileiros. Sinto-me gratificado em fazer parte desse tardio resgate, na certeza de que, da mesma forma em que fui envolvido pela magnitude de sua obra, originalidade, colorido incrível, surreal, onírico, versátil e único, todos os que tiveram a felicidade de ver a sua retrospectiva sentirão a mesma sensação, que eu sinto...”.
”...Moderno e inovador, Heraldo reafirma o princípio básico de que existe espaço na arte contemporânea para criar sem abstrair-se da beleza, do poético, do lúdico, e sem constrangimentos causar-nos sentimentos de imenso prazer visual a quem tiver a oportunidade e a sorte, de apreciar seus maravilhosos trabalhos...”.
“Espero que agora, com sua retrospectiva de 40 anos de pintura, no Centro Cultural dos Correios e simultaneamente na Galeria Rembrandt, seja um importante passo para elevar seu nome, com absoluta justiça, à elite que compõe o cenário internacional das artes plásticas...”.
......O Centro Cultural dos Correios sentindo a importância de sua obra, cedeu um andar inteiro, com cinco salões enormes, para abrigar as 120 obras cedidas por grandes colecionadores.”