

Aos dez anos no Coléio Estadual
Ginásio Aliomar Pereira,
Rio de Janeiro, RJ.

Quando cursava a
Escola Nacional de Belas Artes

Aos oito anos, na casa de um tio
em São Gonçalo, Niterói, RJ.

Aos dez anos, ao lado do companheiro,
o cachorro "Boto"

Matérias de jornais
por ocasião das exposições, incluindo a capa do jornal O Globo
no dia de Natal de 1985

Carta de Paschoal Carlos Magno,1997,
Rio de Janeiro, RJ.
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Pintando na Galeria Rembrandt,
1998, Rio de Janeiro, RJ.

Com o Presidente Luiz Inácio Lula da
Silva

2008 - Convite da Retrospectiva no
Centro Cultural dos Correios
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BIOGRAFIA
Em dez de
fevereiro de 1948 nasce Heraldo Pedreira, filho de Áurea: Pedreira
Costa e José Heraldo Costa, na cidade de São Félix do Paraguaçu,
famosa internacionalmente pela produção dos charutos Dannemann e
local onde viviam os índios "Paraguaçu e o Caramuru". Nesse mesmo
ano, a família transfere-se para o Rio de Janeiro, passando a morar
em um velho casarão na Rua da Alfândega.
1952
- Aos quatro anos de idade, Heraldo já demonstrava precocidade e
inclinação para desenhar. Seus traços definiam bem os motivos de sua
preferência. Desenhava aviões de guerras, campo de batalhas com
personagens e paisagens bem explícitas.
1954
- Foi alfabetizado pela mãe aos seis anos e, em seguida, matriculado
na Escola Municipal Tiradentes. Durante o ano letivo, Heraldo já
impressionava alunos, professores e diretores da escola com seus
desenhos, em destaque um mapa do Brasil, trabalho que o classificou
como um "expoente", e rendeu-lhe vários elogios, além de uma festa
ao final do ano, promovida pelo diretor da escola. Nesse momento, o
artista recebeu sua primeira premiação.
1956
- Aos oito anos, mudou-se para o bairro de São Cristóvão e foi
estudar no colégio Pedro I. Nessa época Heraldo aproveitava os
pedaços de giz que lhes eram cedidos pelos professores e criava
desenhos na calçada de sua casa, onde despertava a curiosidade dos
passantes.
1958
- Já com dez anos, mudou-se para o município de Mesquita, Rio de
Janeiro, considerada naquela época uma pequena cidade de interior.
Heraldo destaca que esta foi a fase mais importante e marcante de
sua infância, pois até hoje, suas brincadeiras e travessuras de
garoto são temas presentes em suas telas.
1960
- Já consciente de sua inclinação para as artes plásticas, o artista
inicia sua promissora carreira participando do Concurso Nacional
Semana da ASA, uma homenagem a Santos Dumont. Heraldo destacou-se
pela qualidade de seu desenho ao retratar Santos Dumont em primeiro
plano, tem como pano de fundo o 14 Bis e a Bandeira Nacional. Sua
criatividade rendeu-lhe medalha de ouro no concurso e outros elogios
na festa da escola que representava, o Ginásio Aliomar Pereira.
1962
- Ano comemorativo ao centenário do nascimento de Napoleão
Bonaparte. Fazia parte das comemorações um concurso nacional de
desenhos que :teve a participação de todas escolas do País. Heraldo
foi selecionado para elaborar cinco desenhos, pelo então diretor da
escola que levava seu nome, Aliomar Pereira, concorrendo ao prêmio.
Na série, tais desenhos representavam etapas da vida de Napoleão.
Medalha de ouro para Heraldo Pedreira!
1965
- Seu pai, José Heraldo Costa, não via nas artes futuro para seu
filho e convenceu-o a fazer uma faculdade de contabilidade, para que
ambos atuassem juntos no comércio, Heraldo, contrariando seu pai,
entrou para o curso de arquitetura, mas só conseguiu completar o
primeiro período. Desencantado, porém certo de que queria e deveria
entrar para a Escola Nacional de Belas Artes procurou demover seu
pai da idéia de cursar contabilidade, tentando impor sua ambição.
1966
- José Heraldo, atendendo insistentes pedidos do filho, pegou uma
revista de época, na qual na capa, havia uma reprodução da obra
Rabequista Árabe, de Pedro Américo; pediu, então, que ele fizesse
uma cópia daquela obra. Assim fez Heraldo. Comprou tela, tintas e
pincéis e pintou durante três meses. A cópia ficou perfeita, fato
que convenceu José Heraldo Costa a matricular o filho na Escola
Nacional de Belas Artes, Durante seu curso, ele destaca Abelardo
Zaluar e Lídio Bandeira de Mello como seus maiores professores. O
crítico de arte e escritor Vicente de Percia, em visita à sala do
artista Lídio Bandeira de Mello, no Museu e Escola Nacional de Belas
Artes, Rio de Janeiro, examinou vários desenhos de Heraldo Pedreira,
escolhendo dois que foram incluídos na mostra "Papel Simples Papel,
exibido na Galeria Santa Rosa, em Ipanema. Participavam, também,
dessa coletiva renomados nomes como Edith Berhing, Fayga Ostrower,
Ubi Bava, Eliseu Visconti e outros. Os únicos jovens artistas eram
Hemldo Pedreira e Arlindo Daiberg.
1968
- Zaluar diz a Heraldo que já o considerava um pintor completo e que
ele não mais precisaria freqüentar a Escola como aluno e sim atuar
profissionalmente no mercado de arte.
1969
- Participou do concurso interno do Diretório Acadêmico da Escola
Nacional de Belas Artes e recebeu o prêmio de melhor pintura.
Posteriormente, o artista se decepcionou com as regras estabelecidas
na Escola e abandonou o curso. Faz sua primeira exposição individual
na Galeria Macunaíma, dirigida por Rosa Magalhães, durante um
período de três meses, no qual vendera cerca de oitenta quadros.
Conheceu críticos importantes como José Roberto Teixeira Leite;
Walmir Ayala, que o projetou comercialmente, e o colecionador
Epifânio Bittencourt, que apresentou o artista aos galeristas Rachid
Kimaid e Alberto Dezon, que passaram a vender seus trabalhos.
1970
- Heraldo já despontava com seu talento, juntos aos grandes nomes da
pintura brasileira. O Instituto Brasil-Estados Unidos (1BEU)
promoveu, em Copacabana, coletiva que reuniu Augusto Rodrigues,
Bianco, Bruno Giorgi, Carlos Leão, Ceschiatti, Di Cavalcanti,
Djanira e Heraldo Pedreira em uma exposição sob o titulo de "A
figura feminina como tema".
Fez exposição individual na Galeria Meia Pataca, sob a apresentação
do embaixador cultural do Brasil, Paschoal Carlos Magno. Teixeira
Leite e Fernando Goldgaber o apresentaram a Norberto Geyerhan, dono
da Galeria Astréia, em São Paulo, onde o artista passou a ser
representado.
1971
- Entrou para o curso livre de desenho, pintura e gravura, no salão
do Museu de Arte Moderna, sob a direção de Ivan Serpa.
1973
- Abriu seu primeiro ateliê, no bairro do Lins de Vasconcellos, onde
nos fins de semanas estudava com Serpa arte conceitual, técnicas,
conceitos profissionais e postura artística.
1975 - Por intermédio da diretoria do IBEU, participou pela primeira
vez de uma exposição internacional, no consulado brasileiro, em
Washington (EUA).
Fez a sua primeira mostra individual, na Galeria Rembrandt, com
desenhos e pinturas.
Na Galeria Atelier, no Rio de Janeiro, participou da exposição
coletiva, intitulada "O Nu como lema", juntamente com Arlindo
Mesquita, Henrique Cavaleiro e Roberto de Almeida.
1976
- Aos 28 anos, Heraldo conseguiu o feito de debutar no Museu
Nacional de Belas Artes, com exposição individual.
1977
- Recebeu o prêmio de aquisição, com o trabalho "Velha Estação", no
I Salão da Ferrovia da RFFSA, que teve como júri Walmir Avala, Iberê
Camargo e Geraldo Edson de Andrade.
Participou do Primeiro Salão de Arte Carioca, organizado pela
Secretaria de Educação e Cultura da Cidade do Rio de Janeiro,
obtendo por meio de seu trabalho o Prêmio de Aquisição.
1978
- A Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro promoveu exposição no
Copacabana Palace Hotel, após seleção feita por Walmir Avala e
Geraldo Edson de Andrade. No Salão de Arte II, Heraldo foi eleito
entre os dez melhores artistas do Salão Carioca de Desenho.
Participou do II Salão de Arte Carioca, na modalidade desenho e
conquistou o Prêmio de Aquisição.
1979
- Realizado o II Salão da Ferrovia da RFFSA, com júri formado por
Jacob Klintonwítz, Miguel Jorge e Vicente de Percia; Heraldo
participou com a pintura "Amazona a La Toulouse", e o desenho
"Quarto de Menino", sendo laureado com o Prêmio Aquisição por esses
trabalhos. Participou do II Salão Nacional de Artes Plásticas no
Museu de Arte Moderna — Rio de Janeiro, com três trabalhos, tendo
como tema "O Nascimento de Vênus". Nessa ocasião Paschoal Carlos
Magno revelou em carta endereçada ao artista a admiração pelo seu
trabalho, no trecho ".., sua arte sensível, iluminada, merece
gratidão de todos que amam os talentos autênticos».,".
1980
- Em sua última participação em salões, recebeu o Prêmio Aquisição
BNDES de Pintura, no Salão Nacional de Artes Visuais, Palácio da
Cultura do Rio de Janeiro, com o quadro "O Beijo". Participaram do
júri Walmir Avala, Píndaro Castelo Branco, Vicente de Percia, Luiz
Augusto Sampaio e Ediria Peralva.
1985
- Heraldo realizou a exposição individual na Galeria B75, uma das
mais expressivas de sua carreira, e a mais importante da década em
termos de resultados, pois na noite do vernissage todas as obras
foram negociadas pelo marchand Fernando Andrade e, logo a seguir
mais duas remessas de quadros foram expostas e vendidas.
1992
- O Palácio dos Leilões inaugurou importante espaço na Barra da
Tijuca, Rio de Janeiro, com uma exposição individual revendo seus
temas preferidos, "As Odaliscas".
1999
- Após recolher-se das atividades artísticas por um período de sete
anos, hiato em sua carreira que Heraldo prefere esquecer, recebe
convite do marchand Ricardo Kimaid, da Galeria Rembrandt, para fazer
uma exposição individual no salão da Bolsa de Valores do Rio de
Janeiro, retornando ao mercado que por tantas vezes o consagrara.
2002
- Foi convidado a participar do concurso que instituiu o Prêmio
Dannemann, importante empresa que notabilizou sua cidade natal, São
Félix, no recôncavo baiano. Recebeu o "Prêmio Our Concourt".
2008
- Comemora seus quarenta anos de pintura com retrospectiva
no Centro
Cultural dos Correios e Galeria Rembrandt, Rio de Janeiro, RJ.
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