
Harry
Lamott Crowl, Jr. Compositor, musicólogo,
professor. Belo Horizonte MG 06/10/1958. Estudou violino
com José de Mattos e matérias teóricas na escola da
Fundação Clóvis Salgado (Palácio das Artes, em Belo
Horizonte. Em 1977 foi para os EUA, onde estudou viola
na Westport School of Music, Westport, Conn., e
composição com Charles Jones, na Juilliard School of
Music. Após seu regresso ao Brasil, em 1980, foi
violista na orquestra jovem experimental da Fundação
Clóvis Salgado. Em 1981, apresentou no 14º Festival de
Inverno da UFMG, em Diamantina MG, a “Sonata para
piano” (1979), revisada em 1984 (Sonata I), “Ária”
(1981) para flauta solo, “Sanatório” (1980), sobre poema
de Ascânio Lopes, para voz e instrumentos e, “Sio2”
(1981) para piano, clarineta, flautas e orquestra de
câmera. Em 1982, trabalhou no Iraque como intérprete de
inglês para uma empresa de engenharia brasileira. De
volta ao Brasil em 1983, foi residir em Brasília DF,
onde foi violista da Orquestra Sinfônica de Brasília
(FOSB).
1984
A partir de 1984,
passa a residir em Ouro Preto MG, onde desenvolve um
trabalho de pesquisa musicológica sobre os compositores
mineiros do período colonial, a convite do então
Instituto de Artes e Cultura, da Universidade Federal de
Ouro Preto. Nessa instituição concluiu uma Licenciatura
em Língua Inglesa.
Neste período, que
durou até 1994, foi responsável pela descoberta da
Abertura em Ré maior, do Pe. João de Deus de Castro Lobo
(Vila Rica, 1794 - Mariana, 1832), de obras do
compositor José Rodrigues Domingues de Meireles (Vila de
Nsa. Sra.da Piedade, atual Pitangui, MG, sec.
XVIII?XIX), e pela reconstituição de várias obras de
Ignácio Parreiras Neves (V. Rica, ca. 1730-1794?),
Jerônimo de Souza Queiróz (V. Rica, sec. XVIII - 1826?),
José Rodrigues de Meireles, Pe. João de Deus de Castro
Lobo, Francisco Gomes da Rocha (V. Rica, 1754? - 1808) e
Francisco Barreto Falcão (Vila Real de Nsa. Sra. do
Sabarábussú, atual Sabará MG, Sec.XVIII - XIX.
1986
Em 1986 foi
indicado para ser o coordenador do curso de música do
IAC/UFOP, e participou da organização do 1º Seminário de
Música Instrumental Brasileira.
Embora a sua
atividade como compositor tenha diminuído nesta fase, a
criação nunca deixou de ser a sua atividade principal.
Em 1985, o seu “Concerto par flautas e orquestra de
câmara” (1983), foi estreado no Teatro Nacional
de Brasília, por Odette Ernest Dias e pela Orquestra
Sinfônica do Teatro Nacional, sob a regência de Jorge
Antunes.
1987
Em 1987, a sua obra
“Memento Mori - oratório sobre textos de Affonso
Ávila”, foi apresentado em várias ocasiões pela então
Camerata Philharmonia, de Niterói RJ, sob a regência de
Sérgio Dias, inclusive no Panorama da Música Brasileira
Atual, da Escola de Música da Universidade Federal do
Rio de Janeiro, e na VIIª Bienal sobre Música
Contemporânea Brasileira. Em 1988, realizou conferências
sobre música colonial brasileira na University of Texas
at Austin, EUA, a convite do Prof. Dr. Gerard Behague.
Ainda neste ano, sua obra “Canticae et Diverbia”
(1988) para flautas, clarinetas, violino,
violoncelo e piano, foi encomendada e executada várias
vezes pelo grupo Novo Horizonte, em São Paulo, por
iniciativa do regente britânico Graham Griffiths.
1989
Em 1989, esteve em
Santiago do Chile, a convite da "Agrupación Musical
Anacrusa", para participar do 3º Encontro de
Compositores Latino-americanos, onde a obra “Sabra”
(1983) para oboé e piano, foi estreada e ainda,
proferiu várias conferências sobre música brasileira do
séc. XX e do período colonial Na VIIIª Bienal de Música
Brasileira Contemporânea, o seu “Concerto para Violino,
12 instrumentistas e soprano” (1988), foi
estreado por Hariton Nathanailidis, violino e pela
Camerata Philharmonia de Niterói, sob a regência de
Sérgio Dias, com a participação da soprano Lucila
Tragtenberg. Em 1990 recebeu a encomenda da Secretaria
de Cultura do
Estado de São Paulo, para compor a
Sinfonia nº 1 (Concerto Harmônico), para a banda
sinfônica do estado de São Paulo, que foi estreada sob a
regência de Roberto Farias, no Memorial da América
Latina, em 1992 e posteriormente, apresentada na Xª
Bienal de Música Contemporânea Brasileira, no Rio de
Janeiro. Em 1991 organizou a Mostra de Música
Contemporânea de Ouro Preto, música brasileira onde
foram apresentadas obras de vários compositores jovens
em primeira audição mundial. Em 1992, a “Aluminium
Sonata” (1985) para violino e piano, foi
apresentada nas cidades alemãs de Bonn e Colônia por
Ricardo Gianneti e Talitha Maria Cardoso Peres. Em 1993,
recebeu uma bolsa de estudos do Conselho Britânico para
desenvolver estudos avançados de composição com o
compositor australiano Peter Sculthorpe, no curso de
verão de Dartington, onde foram executadas em primeira
audição as suas obras “Música para Flávia” (1991/92)
para piano solo, pelo pianista australiano Iain Quinn e,
“Terra Queimada” (1993), para clarineta, violino,
violoncelo e piano, pelo Murphy Quartet, esta escrita
durante o curso.
1994
A partir de 1994,
passou a residir em Curitiba PR depois de um convite da
Fundação Cultural. Por encomenda da Camerata Antiqua de
Curitiba, realizou a reconstituição do Ofício de Domingo
de Ramos (1782), de José Joaquim Emerico Lobo de
Mesquita (Vila do Príncipe do Serro Frio, atual Serro
MG, 1746? - 1805). Logo no ano seguinte, fez uma nova
orquestração do Te Deum, de Luís Álvares Pinto
(Recife PE, 1719 - 1789, para ser gravado no CD
comemorativo dos 20 anos da Camerata Antiqua. Este
trabalho foi realizado com a colaboração de seu aluno
Ricardo Bernardes. Ainda em 1994, entrou para a Escola
de Música e Belas Artes do Paraná, onde leciona música
brasileira, música do séc, XX, orquestração e
composição. Realizou seminários sobre a música colonial
brasileira na Universidade Nova de Lisboa, convidado
pelo musicólogo português Manuel Carlos de Brito.
Sentindo necessidade de uma formação acadêmica mais
consistente para poder prosseguir com a sua carreira no
magistério superior, entrou para o mestrado em
comunicação semiótica da PUC - SP, em 94, tendo sido
recomendado para ingresso direto no programa de
doutoramento em 1996.
Em 1995, acompanhou o
Grupo Novo Horizonte de São Paulo numa turnê à Dinamarca,
que apresentou o seu “Concerto para Clarone, Percussão e
Piano (1994)” em cinco ocasiões diferentes nas
cidades de Odense, Aarhus, Copenhagen e Kolding. Durante
esse período, proferiu ainda conferências sobre música
brasileira erudita dos sec. XIX e XX, em algumas
instituições dinamarquesas. O Concerto para Clarone, foi
ainda apresentado na XIª Bienal de Música Contemporânea
Brasileira, e em 1996, lançado no CD "brasil! new music!
vol. III". Em Agosto de 95, teve sua obra Icnocuícatl
(1995) para orquestra de câmera estreada na abertura do
Festival música nova de
Santos/SP, pelos grupos Ensemble
Nord, da Dinamarca e, Novo Horizonte, combinados sob a
regência de G. Griffiths. Em 1996, participou do
festival Summartónar 96, nas Ilhas Faroé, possessão
dinamarquesa, onde teve a obra "Na Perfurada Luz, Em
Plano Austero", quarteto de cordas nº 1 (1992),
estreada pelo Quarteto Moyzes, de Bratislava, República
da Eslováquia, assim como a obra “Revoada (1994)” para
flauta doce, pela flautista dinamarquesa Helle
Kristensen, que incluiu a peça no seu CD "Nocturnal
Birds", lançado também nesse ano.
1996
Em agosto de 1996,
a obra “Finismundo” (1991/92), moteto épico a solo para
soprano e conjunto instrumental sobre texto homônimo de
Haroldo de Campos foi apresentado no festival música
nova de Santos e, posteriormente gravado pelo grupo Novo
Horizonte, tendo como solista Simone Foltran, para o CD
"brasil! new music! vol. IV". A obra Sabra (1983)
para oboé e piano foi incluida no CD "Música Brasileira
para Sopros e Piano", da série RioArte Digital. Em
outubro de 1996, no Vº Encompor, Porto Alegre RS, foi
estreada a obra “Umbrae et Lúmen” (1993/94) para
flautas, clarinetas, saxofones, fagote, trombones,
violino e contrabaixo, pelo grupo Cantus Firmus, sob a
regência de Pedro Boéssio.
1997
Em maio de 1997,
foi a vez da obra, “Imagens Rupestres” (1996/97) para
flautas, violoncelo e piano, ser apresentada pelo
George Crumb Trio, de Linz, Áustria, no castelo Zell an
der Pram, no norte da Áustria, em maio. Em julho, o
“Sexteto para piano e quinteto de sopros” (1997),
foi estreado pelo Ensemble Rio no Centro Cultural do
Banco do Brasil, na série "Estréias Brasileiras". Em
agosto, o “Concerto para Piano e Orquestra” (1997) foi
apresentado no VIIº Festival de Música de Inverno de
Campos, RJ, pela pianista Maria Teresa Madeira e pela
orquestra do festival sob a regência de Sérgio Dias. Em
setembro, esteve no Festival de música antiga de
Utrecht, Holanda, onde proferiu palestra sobre a música
antiga brasileira, a convite da organização do festival
e da rádio holandesa. Em
outubro, a Escola de Música e
Belas Artes do Paraná (EMBAP) organizou um concerto
exclusivamente com as obras do compositor onde foram
apresentadas as obras, “Convivium” (1986),
composição eletroacústica, “Ária” para flauta solo
(1981), “Sonata I” (1979, rev, 1984) para piano solo e
“Solilóquio I (1995) para sax-tenor solo”. Em novembro,
a obra “Lumen de Lumine” (1996/97),
concerto de câmara para violoncelo e 5 instrumentistas,
foi estreada na XIIª Bienal de Música Brasileira
Contemporânea e posteriormente, apresentada em Curitiba
e nas cidades dinamarquesas de Aalborg e Copenhagen.
Ainda em Novembro, teve as “5 Epígrafes para trompa e
orquestra de cordas (1996)”, estreada pela
Orquestra de Câmara da Cidade de Curitiba, com Leandro
Teixeira como solista, sob a regência de Lutero
Rodrigues.
1998
A partir de
fevereiro de 98, passou a colaborar em caráter
permanente, com a Rádio Educativa do Paraná produzindo
programas de música do século XX e música erudita
brasileira. O programa "Música do Séc.XX" recebeu em
março, o prêmio "Saul Trumpet 97", como melhor programa
radiofônico do Paraná. Duas obras foram escritas neste
período: "Assimetrias" (1997/98) para violão solo e
“Sonata II” (1998) para piano solo, dedicada a Leilah
Paiva.
Passou a
interessar-se pela poesia simbolista brasileira em 98,
especialmente aquela produzida no Paraná. Este interesse
foi o ponto de partida para a criação de uma série de
obras sugeridas pelo universo do sul do Brasil,
especialmente de Curitiba, em contraste com o mundo
setecentista representado pela paisagem de Ouro Preto.
Várias obras foram
planejadas para os próximos anos tendo a poesia
simbolista como ponto de partida considerando inclusive,
o fato de que este movimento estava em plena atividade
no início do século XX.
A primeira obra,
foi o ciclo de canções "Austrais", 4 canções sobre
poemas de Cruz e Sousa, em homenagem ao
centenário da morte do poeta. Em seguida, veio "No
Silêncio das Noites Estreladas", para conjunto de
percussão (9 instrumentistas), dedicada ao PIAP
(Orquestra de Percussão do IAP/Unesp), que estreou a
obra no Teatro São Pedro, São Paulo, em agosto de 99,
durante o Festival Música Nova.
Em 98, também foram
lançados os CDs "brasil! new music! vol.IV", com a obra
"Finismundo"(1992/96), pela EDUC (Ed. da PUC-SP)
e; "Quartetos de Cordas", com a obra "Na Perfurada Luz,
em Plano Austero, quarteto de cordas no.1"(1992/93),
interpretada pelo Quarteto Moyzes, Eslováquia, pela
PAULUS gravadora. Neste ano, o violinista Atli
Ellendersen executou a sua "Aluminium Sonata"(1985),
no Summartónar 98, nas Ilhas Faroé. Outras execuções de
obras suas em 98 foram, "Música para Flávia"(1991/92),
pela pianista Lidia Bazarian, em várias ocasiões em São
Paulo, Santos e Poços de Caldas, inclusive no Festival
Música Nova e; "Sonata I"(1979,rev.84) pela pianista
Leilah Paiva, no Memorial da Cidade de Curitiba.
1999
No ano de 1999, mais
duas importantes composições foram estreadas - a ópera
de câmera “Sarapalha”, sobre texto de Guimarães Rosa e,
a obra para orquestra “Sicut erat in Principio”,
estréia mundial no Teatro Guaíra, executada pela
Orquestra Sinfônica do Paraná, sob a regência de Roberto
Duarte. No final do ano, esteve na Áustria onde realizou
conferência sobre sua obra no Brucknerkonservatorium, em
Linz e, teve a sua obra “Icnocuícatl” (1995,
rev.98) apresentada num grande concerto realizado na
Brucknerhaus.
A Cantata,
"Turris Ebúrnea" (1999/2000), para solistas, coro e
orquestra de câmera, foi composta especialmente para os
25 anos da Camerata Antiqua de Curitiba. Esta obra,
baseada em textos de vários poetas paranaenses, foi
apresentada em duas ocasiões pela Camerata em 2000.
Neste ano, a Orquestra Sinfônica do Paraná apresentou o
Concerto para Piano e Orquestra (1997), tendo como
solista Analaura de Souza Pinto e regente Roberto
Duarte. A obra “Aethra I” (1987) foi apresentada
em Montreal, Canadá, em junho e, em Curitiba e no Rio de
Janeiro, em agosto, por Gabriel Prynn, violoncelo e
André Pristic, piano.
2001
Em janeiro de 2001,
transferiu-se para a UFPR para trabalhar junto à
Orquestra da Universidade, na PROEC. Foram produzidas
neste ano as obras “Aethra III”(2000/01) para
violino solo com piano obrigado, estreada em
setembro por Atli Ellendersen e Leilah Paiva,
”Concerto para Oboé e Orquestra de Cordas”, a
trilha sonora para o filme “Fogo sobre Cristal – Um
Diário Antártico”, de Frederico Fullgraff,
“Espaços Imaginários” para Violino, Violoncelo e Piano
e, “Concerto no. 2 para Flauta e Orquestra de Câmara”,
especialmente para a Orquestra Filarmônica Juvenil
da UFPR. Na XIIIa. Bienal de Música Brasileira
Contemporânea, no Rio de Janeiro, a obra “Aethra III”
foi apresentada pelo violinista Jerzy Milewski e
pela pianista Aleida Schwartz. Em novembro, o trio
Fibonacci, de Montreal, estreou a obra “Espaços
Imaginários” numa excursão realizada no Brasil, nas
cidades de São Paulo, Piracicaba, Curitiba, São
Leopoldo, Porto Alegre, Brasília e Belo Horizonte.
2002
No ano de 2002, foi
eleito presidente da Sociedade Brasileira de Música
Contemporânea, SBMC, seção Brasileira da ISCM (International
Society of Contemporary Music), cargo que ocupará
até 2006. Em maio, foram estreadas as obras
“Diálogos do Vento”, em Blumenau, SC, pela Orquestra de
Câmara de Blumenau, tendo como solista Ronald Silva, sob
a regência de Daniel Bortolossi e; “Aetherius” (2002)
para orquestra de cordas, pela Orquestra Sinfônica
da USP, sob a regência de Benito Juarez. Durante o
Encontro Latino-Americano de Música Contemporânea, em
Belo Horizonte, MG, a obra “Aethra III” foi
apresentada pela violinista Eliane Tokeshi e a pianista
Guida Borghoff. Em junho, foi a vez do “Concerto Para
Oboé e Orquestra de Cordas”, pela Orquestra de Câmara da
Cidade de Curitiba, tendo como solista Lúcius Mota, sob
a regência de Ernani Aguiar. Em setembro, a obra
“Prismas”(2002) para violino, viola, violoncelo e piano
foi estreada no Rio de Janeiro durante a final do
concurso de composição IBEU. Em dezembro, o CD duplo
“Sonatas e Austrais”, contendo 12 obras do compositor
(Sonatas I e II para piano, Canto para violino solo,
Aluminium Sonata, Austrais [4 Canções],
Assimetrias, Concerto para Clarone, Concerto para Piano,
No Silêncio das Noites Estreladas) foi lançado,
com patrocínio da COPEL (Cia. Paranaense de
Eletricidade), através do programa “Conta Cultura”, da
Secretaria de Estado da Cultura do Paraná.
2003
No ano de 2003, foi
lançado o filme curta-metragem “Visionários”, de
Fernando Severo, com música de Harry Crowl. Entre os
vários prêmios que recebeu, está o de “Melhor Música”,
no Festival de Cinema e Vídeo de Curitiba, 2003. Em
setembro, a obra “Aetherius”, foi apresentada em
Manaus, pela Orquestra de Câmara do Amazonas, sob a
regência de Marcelo de Jesus, tendo sido apresentada com
a coreografia “Traços”, de Henrique Rodovalho, no Teatro
Amazonas. Ainda neste mês, esteve no festival “Dias
Mundiais da Música 2003 – Eslovênia” (World Music Days
2003), como primeiro delegado Brasileiro junto à SIMC (
Sociedade Internacional de Música Contemporânea).
Em outubro, o Duo
“Palheta ao Piano”, formado por Jairo Wilkens e Clenice
Ortigara, estreou a obra “25 Esboços para Clarineta e
Piano”, composto especialmente para o duo.
Casou-se em cerimônia
civil, em agosto, com Rosemari Enns. A cerimônia
religiosa aconteceu em novembro, na Igreja Ortodoxa
Ucraniana de Curitiba.
Ainda em novembro, o
“Concerto nº. 2 para flauta e orquestra” foi
estreado pela Orquestra Filarmônica Juvenil da UFPR,
tendo Fabrício Ribeiro como solista e Iris leong como
regente. “Aetherius”, numa importante trajetória,
abriu a XIVa. Bienal de Música Contemporânea Brasileira,
na Sala Cecília Meireles, no Rio de Janeiro, na
interpretação da Orquestra de Câmara da UNISINOS (São
Leopoldo, RS), sob a regência de Roberto Duarte e; no
Teatro Amazonas, a Orquestra de Câmara do Amazonas, sob
a regência Marcelo de Jesus, fez a estréia mundial da
“Sinfonia no.2” (Paisagens Verdes), para cravo e
orquestra de cordas, com transmissão ao vivo para
todo o mundo através da internet, pelo sistema
Embratel/NET.
2004
Em 2004, o “Sexteto
para Piano e Quinteto de Sopros” (1997) foi apresentado
em Santiago, Chile, em duas ocasiões, pelo Ensemble XXI.
Na segunda delas, em setembro, fez parte das
comemorações da semana da cultura brasileira (cinema e
música), promovida pela Embaixada do Brasil em Santiago,
contando com a presença do compositor. 3 peças do ciclo
para piano “Marinas”(I. Guaratuba e Antonina; III. Cabo
da Roca; VI. La Jolla) foram gravadas pela
pianista japonesa radicada no Rio, Midori Maeshiro, para
o CD de encarte da Revista “Textos do Brasil – Música
Erudita”, do Ministério das Relações Exteriores a ser
lançada em 2005, em 8 idiomas. A partir de agosto,
passou a produzir e apresentar na Rádio MEC, Rio de
Janeiro, o programa “Música do Nosso Tempo”,
inteiramente dedicado à música contemporânea, todos os
domingos às 24hs., com transmissão para todo o mundo via
internet, num convênio da SBMC com a Rádio MEC. Em
outubro, recebeu a Medalha da Ordem do Barão do Cerro
Azul, outorgada pelo Clube Curitibano e Secretaria de
Cultura do Paraná. Em novembro, participou dos “Dias
Mundiais da Música 2004 – Suiça”, como delegado
brasileiro junto à SIMC.
2005
Em 2005, o CD
“Espaços Imaginários” foi lançado com as obras “Espaços
Imaginários” (2001), “Imagens Rupestres”(1996) e, “Na
Perfurada Luz, Em Plano Austero”(1992/93), gravadas
respectivamente no Canadá, Áustria e Eslováquia. Em
março, esteve nos EUA, a convite do “Teresa Lozano Long
Institue of Latin American Studies”, Universidade do
Texas, Austin, para participar do simpósio “Música e
Cultura no Corte Imperial de D.João VI, no Rio de
Janeiro”, onde apresentou a comunicação “The
Influence of Court Music in Other Parts of Brazil,
Outside Rio de Janeiro”. Em março, a peça para piano
“Transeuntes” (2003) foi estreada em Bruxelas, Bélgica,
por Antônio Eduardo dos Santos. Em abril, a obra
“Umbrae et Lumen” foi apresentada no “Museé des
Beaux Arts” de Bordeaux, França, no âmbito das
comemorações do ano França – Brasil. Esteve na Croácia,
mais uma vez como delegado brasileiro junto à SIMC, nos
“Dias Mundiais da Música 2005 - Zagreb”. Em junho, no
dia 12, o “Concerto no.2 para Flauta e Orquestra”, foi
apresentado pela Orquestra Sinfônica do Paraná, sob a
regência de Iris Leong, tendo como solista, Cássia
Carrascoza. Em 8 de julho, o recital “Mundo em
Labirinto”, produzido pela Pró-Música de Curitiba e
patrocinado pelo Instituo Goethe, aconteceu no Museu
Oscar Niemeyer, Curitiba, foi inteiramente dedicado à
obra de Harry Crowl. As obras apresentadas foram:
“Música para Flávia” para piano, “Jeremia Profeta: Uma
Epígrafe” para piano; “Aluminium Sonata”, para violino
em piano e; “Umbrae et Lumen”, para flautas, clarinetas,
saxofones, fagote, trombones, violino e violoncelo. Os
intérpretes, todos membros de orquestras e conjuntos de
câmara de Curitiba, foram: Daniel Binotto (pn.), Leilah
Paiva (pn.), Atli Ellendersen (vl.), Zélia Brandão
(fl.), Jairo Wilkens (cl.), Marcio Schuster (sax),
Sílvio Spoladore (trb.), Edinaldo Bachega (fag.) e Maria
Helena Salomão (cb.), sob a regência de Daniel
Bortolossi. No dia 10 de julho, a obra “Tenebrae et
Stellae” (2005) recebeu sua estréia absoluta em
Ljubljana, Eslovênia, pelo Ansambel MD7, sob a regência
de Steven Loy. O concerto foi gravado pela TV Estatal da
Eslovênia.
Em 25 de setembro
foi realizado o recital de clarineta e piano, também
inteiramente dedicado à obra de Harry Crowl, pelo Duo
“Palheta ao Piano”, formado por Jairo Wilkens, clarineta
e Clenice Ortigara, piano, na série “Música em Cena”, do
SESI/FIESP, São Paulo. As obras apresentadas foram:
“Paisagem de Outono” (2005), para Clarineta e Piano –
Estréia Mundial -; “Música para Flávia” (1991/92)
para piano; “Transeuntes” (2003) para piano; “25
Esboços para Clarineta e Piano” (2002/03). No
dia 30 de novembro foi a vez da estréia dos “3 Cânticos”
(2005/06) para coro feminino, sobre poemas de Tasso da
Silveira, pelo Collegium Cantorum, dirigido por Helma
Haller, no Teatro SESC da Esquina, em Curitiba. No
concerto de encerramento da temporada de 2005 da
Orquestra Filarmônica Juvenil da UFPR, em dezembro, foi
apresentado o “Concerto para Sax-soprano e orquestra de
cordas” (1983), na interpretação de Rodrigo Capistrano,
solista e Denise Mohr, regente.
2006
Em janeiro de 2006
esteve em Santiago, Chile, para a Estréia Mundial da
obra “Cerrados” (2002), para 2 Violinos. A execução
aconteceu na abertura do VI Festival Internacional de
Música Contemporânea da Universidad de Chile, no dia 16,
na interpretação de Sebastián Rojas e Phillipe Espinoza.
Em fevereiro permaneceu do dia 5 ao dia 21 no Visby
Internationella Tonsättar Centrum (Centro Internacional
para Compositores de Visby), Suécia, como compositor
residente, período durante o qual trabalhou nas obras
Solilóquio III para Violino solo, concluída no centro e,
Responsórios I para Violino e Dois Pianos. Foi o
primeiro compositor latino-americano a ser convidado
pela instituição. Solilóquio III foi estreado por Atli
Ellendersen em Tórshavn, Ilhas Faroe, em julho, no
Festival Summartónar 2006. Em maio, o pianista Antônio
Eduardo dos Santos apresentou, num recital dedicado à
música contemporânea brasileira, a obra “Transeuntes”,
no Centro Cultural São Paulo (Centro Cultural
Vergueiro). No México, a obra “Aethra I” (1987) foi
apresentada mais uma vez num recital de música
contemporânea por Iracema de Andrade, violoncelo e,
Edith Ruiz, piano. Durante a IIa. Bienal de Música
Contemporânea do Mato Grosso, ocorrida em Cuiabá em
novembro, apresentou uma conferência sobre as tendências
da música atual observadas nos festivais “Dias Mundiais
da Música”, da Sociedade Internacional de Música
Contemporânea. Em dezembro, a primeira versão da obra
“Suíte Antiga Brasileira” (2006) foi estreada no
encerramento da temporada da Orquestra Filarmônica
Juvenil da UFPR, sob a regência de Denise Mohr. A
convite da Seção Romena da SIMC, esteve em Bucareste
para assistir a estréia da obra “Sinfonia no.3”
(2005/2006) para 8 violoncelos, dedicada ao “Ensemble
Violoncelissimo”, dirigido por Marin Cazacu. Na ocasião,
foram proferidas duas palestras, uma sobre a música no
Brasil desde 1950, em inglês, na sede da União de
Compositores Romenos e outra sobre a música erudita no
Brasil, na embaixada brasileira, em português, para os
alunos de língua e cultura brasileira. A viagem foi
patrocinada pelo Departamento Cultural do Ministério das
Relações Exteriores.
2007
Em janeiro de 2007,
a obra “25 Esboços” (2002/2003) para clarineta e piano
foi apresentada num recital na Universidade de Missouri,
nos EUA. Em 26 de junho o Trio Fibonacci (Montreal)
apresentou, no Museu Oscar Niemeyer, Curitiba, a obra
“Visões Noturnas” (2002), para violoncelo e piano, em
estréia mundial e, no dia seguinte, no Teatro Londrina,
Memorial de Curitiba, na série “Intermezzo”,
promovida pela Fundação Cultural de Curitiba, foram
apresentadas as obras “Aethra III” para violino e piano;
“Taghai’urun” (1982) para piano; “Solilóquio III”
– estréia brasileira -, para violino solo;
“Sonata II” (1998) para piano e; “Paisagem de Inverno”
(2006) – estréia mundial -, para clarineta,
violino e piano. Os intérpretes foram Leilah Paiva,
piano; Atli Ellendersen, violino e André Ehrlich,
clarineta. E, para novembro, também estão programados as
estréias mundiais de “De Fluminibus” (2006), para
orquestra de cordas, pela Orquestra de Câmara da Rádio
Romena, em Bucareste e de “Responsórios I” (2006), para
violino e dois pianos, em Sófia, Bulgária, em um
concerto dedicado exclusivamente a compositores
brasileiros contemporâneos sob a curadoria de Harry
Crowl, promovido pela União de Compositores Búlgaros.
Participou como conferencista sobre música erudita
brasileira no programa “Música em Curso”, do IPTV/SESC
Nacional, Rio de Janeiro, com transmissão via Internet
para 22 centros dos SESC em todo o Brasil, em junho. Em
julho, foi professor no projeto “Pauta Contemporânea”,
também do SESC Nacional, em Teresina/PI e em agosto, em
Boa Vista/RR. A obra “Paisagem de Inverno” foi
selecionada para a XVII Bienal
de Música Contemporânea
Brasileira e será apresentada no Rio, no dia 27 de
outubro. De volta a Teresina, no projeto “Pauta
Contemporânea”, ministrou curso sobre “poética musical”
e estreou a obra “Do Sertão ao Delta”, prelúdio
para orquestra, que foi apresentado pela orquestras
combinadas do SESC/Teresina e SESC/Parnaíba, sob a
regência do maestro e compositor Ernani Aguiar. Em
janeiro de 2008, será apresentada a obra “Solilóquio
III” em Paris, num recital de Zoltan Paulinyi na
Embaixada Brasileira e, em fevereiro, também em Paris,
acontecerá a estréia da “Sinfonia no.4” (2007) para
Orquestra de Flautas, na interpretação da Orchestre
de Flutes Français, sob a regência de Alain Biget,
na Salle Cortot.
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